Recentemente o Banco do Brasil teve uma de suas propagandas tirada do ar pelo Governo Federal. O fato repercutiu tanto que levou até mesmo a exoneração do diretor responsável pela peça publicitária, que mostrava personagens jovens, num cenário composto por atores negros, gays e trans.
Esse fato levantou um debate acalorado nas redes sociais e em demais meios de comunicação, despertando curiosidade e medo acerca de como era tratada a propaganda durante a ditadura militar. E é sobre isso que falaremos abaixo. Acompanhe:
Como funcionava?
É bem provável que você já tenha ouvido histórias de censura à impressa e a movimentos artísticos durante a ditadura militar. Esse modelo de censura tinha caráter político e visava reprimir qualquer tipo de informação que fosse contra o governo da época, que era formado por militares.
Contudo, a censura não parou nas artes, música ou poesia… até as propagandas sofreram com esse tipo de censura, não exatamente por questões políticas, mas para reprimir hábitos que eram vistos como prejudiciais à sociedade e aos costumes que o governo de militares pregavam como corretos à época.
As empresas, no intuito de acompanhar as mudanças sociais no Brasil e no mundo, produziam propagandas que mostravam homens de cabelo comprido, camisas rosas, mulheres com calças e gravatas coloridas, por exemplo. Tudo com o propósito de seguir uma tendência e vender mais. Porém, os militares não viam esse tipo de publicidade com bons olhos, alegando que essas peças poderiam ir contra valores morais que deveriam pautar a sociedade da época. Assim, diversas propagandas foram censuradas, pois, antes de serem veiculadas elas deveriam passar pela aprovação do governo, através do DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda, que era o órgão coercitivo máximo da liberdade de pensamento e expressão durante o Estado Novo (Ditadura Militar) e o porta-voz autorizado do regime.
Conhece exemplos de propagandas que foram censuradas no período militar? Deixe nos comentários e vamos levantar uma discussão sobre o assunto. E não se esqueça de curtir e compartilhar o nosso conteúdo.